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10 países com maiores impostos e menor retorno para a população

São Paulo – Um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) mostra que, dentre 30 países pesquisados, o Brasil é que oferece o pior retorno em benefícios à população dos valores arrecadados por meio dos impostos.

29 Nov -0001 0 comment
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  Redação
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O levantamento avaliou os países com as maiores cargas tributários do mundo, relacionando estes dados ao Produto Interno Bruto (PIB) e ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de cada nação. O resultado é expresso no Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade (IRBES).

No Brasil, a carga tributária equivale a 35,13% do PIB. Em 2011, o IRBES do país foi de 135,83 pontos, o pior resultado no grupo de 30 economias pesquisadas. Itália, Bélgica e Hungria vêm em seguida no ranking (veja abaixo as 10 primeiras posições).

Nações como Grécia, Uruguai e Argentina estão bem à frente do Brasil no que se refere ao retorno à população dos impostos arrecadados. O melhor resultado é o da Austrália, que tem uma carga tributária de 25,90% do PIB, com um índice de retorno de 164,18 pontos.

Países como Dinamarca, Noruega e Finlândia, conhecidos por oferecer serviços de alta qualidade a suas populações, entram na lista dos piores retornos por causa da elevada carga tributária. “O que puxa o índice é a carga de impostos. Dinamarca e Suécia arrecadam muito e, mesmo assim, não estão entre os primeiros quando se trata do IDH”, explica João Eloi Olenike, presidente do IBPT.

A Austrália tem uma carga tributária de 25,90% do PIB, quase metade da dinamarquesa (44,06% do PIB). O IDH australiano, entretanto, é de 0,929, enquanto que o da Dinamarca é de 0,895. “Países que oferecem melhores retornos à população, como no caso da Austrália, conseguem manter um IDH elevado com menos recursos do que, por exemplo, a Dinamarca e a Noruega”, diz Olenike.

País

Carga Tributária (% PIB)

IDH

IRBES

Brasil

35,13%

0,718

135,83

Itália

43,00%

0,874

139,84

Bélgica

43,80%

0,886

139,94

Hungria

38,25%

0,816

140,37

França

43,15%

0,884

140,52

Dinamarca

44,06%

0,895

140,41

Suécia

44,08%

0,904

141,15

Finlândia

42,10%

0,882

141,56

Áustria

42,00%

0,885

141,93

Noruega

42,80%

0,943

145,94


 












 

COMENTÁRIO DE OMAR AUGUSTO LEITE MELO: não basta arrecadar tributos, é fundamental que haja uma melhor aplicação desses recursos nas despesas públicas! Particularmente, entendo que o maior problema das Finanças Públicas brasileiras não está nas receitas públicas, mas sim nas despesas públicas.

Última modificação em Quarta, 15 Março 2017 03:25