A mudança, que ainda  precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional,  vai permitir que as  empresas com aumento de faturamento possam continuar  no programa.  
 
Segundo  Bruno Quick, gerente de políticas públicas do Sebrae  (Serviço  Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), com esse  reajuste, 2  milhões de empresas atualmente em expansão poderão continuar  com os  benefícios do Supersimples. A expectativa do Ministério da  Fazenda é  que 30 mil novas empresas entrem no programa. "Essa medida  pode  incluir, inicialmente, 30 mil novas empresas no Simples", disse  Nelson  Barbosa, secretário-executivo da pasta. O Sebrae estima que  entrem  cerca de 10 mil novas empresas. 
 
O m  inistro Guido Mantega (Fazenda) disse que a medida visa  fortalecer as  pequenas empresas brasileiras em um momento de crise na  economia  internacional.  
 
"Nós temos trabalhado no sentido de facilitar a  vida do empresário,  de modo que ele possa sobreviver e se formalizar. É  muito importante a  expansão da pequena empresa porque ela ajuda a  fomentar a concorrência",  afirmou o ministro. 
 
ALÍQUOTAS 
 
As  novas regras elevam a receita máxima das empresas de R$ 2,4  milhões  para R$ 3,6 milhões. Ao todo, as 20 faixas existentes no Simples  foram  modificadas. 
 
Com a alteração nos valores das faixas, o governo  vai mudar a  cobrança dos impostos que incidem sobre as empresas  participantes do  Supersimples.  
 
Aquelas que antes faturavam  até R$ 540 mil por ano, por exemplo,  tinham uma alíquota de impostos de  7,54%. Com a nova regra,a alíquota  encolhe e as empresas passarão a  pagar 6,84% de impostos. 
 
MICROEMPREENDEDOR 
 
As mudanças também irão atingir os MEIs (microempreendedores individuais). 
 
A  receita bruta total deles subirá 67%, e o faturamento máximo  passará  de R$ 36 mil para R$ 60 mil. Dentro de pacote anunciado para  beneficiar  o setor, o governo também permitiu que as micro e pequenas  empresas  possam parcelar em até 60 meses os seus débitos com a Receita  Federal.   
 
Levantamento feito pelo Sebrae mostra que, até o fim do ano  passado,  560 mil pequenas empresas tinham dívidas com o governo. Para o   presidente da Frente Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas,   deputado Pepe Vargas (PT-RS), o reajuste do MEI e o parcelamento foram   duas novidades acrescentadas pelo governo. 
 
Segundo ele, elas  foram além das expectativas dos próprios  empresários. "Nossa avaliação é  muito positiva. O governo atendeu a  todos os nossos pleitos. Aliás, no  caso do MEI, foi além do que  pedimos", afirmou Var  gas.  
 
O governo prevê ter uma renúncia fiscal de R$ 4,8 bilhões com as mudanças no Supersimples. 
 
ANA CAROLINA OLIVEIRA 
DE BRASÍLIA para a Folha de São Paulo - Mercado
COMENTÁRIO DE OMAR AUGUSTO LEITE MELO: a alteração (aumento) do limite em 50% também virá acompanhada de criação de novas faixas.
			